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Escritor Amazonense
Aqui estão minhas obras literárias que começaram em Tefé e continuam em Manaus. Muitas delas transformaram-se em peças teatrais que são encenadas nas escolas públicas do Amazonas. Espero estar contribuindo com a cultura intelectual do meu povo. O Sevalho deseja boa leitura.
domingo, 12 de março de 2023
OBRAS ATUALIZADAS NO DRIVE
domingo, 5 de fevereiro de 2023
ORIGEM DE TEFÉ SEGUNDO A LENDA
ORIGEM DE TEFÉ SEGUNDO A LENDA
Roteiro e autoria do escritor Luís Sevalho
A imagem da capa é da segunda festa da
castanha realizada nos dias 29, 30 de abril e 01 de maio de 1994 em Tefé
Amazonas.
Composição
da direção: Um diretor (a) teatral, um assistente
de palco, um narrador (a) apresentador (a) e um técnico de som.
Observação: O
diretor (a) da peça está identificado (a) com um jaleco azul escrito na frente:
Diretor (a). De início ele (a) não aparece no palco, fica por trás da
cortina ou numa sala reservada para distribuir o elenco no palco. Um técnico de som para cuidar dos efeitos
especiais sono plásticos. Já o assistente fica no palco para resolver tudo.
Deve estar com uma jaqueta laranja escrito nas costas: Assistente de Palco.
Todos os elencos: deus
tupã, Índio Apiá, Índia Caboré, 12 ou mais índios (as) da tribo dos Tefés, equipe
Aranha Negra (Carlos Ramalho, Valcyzinho de Moraes, o cachorro pastor alemão e
o Mairon Barbosa).
Figurino do Elenco:
Índia Caboré: Tem Koká exuberante. Cunhã Poranga que no ato final, da cintura para
cima fica caracterizada de castanheira. Pode usar toda a criatividade para
produzir a Caboré como castanheira;
Índio Apiá: Bem produzido e com um koká de liderança. Ele
é o jovem índio mais bonito dos Tupebas;
Deus tupã: Fica por trás da cortina ou numa sala
reservada falando em voz suave e mansa. Seu figurino é de livre escolha. Na
despedida ele se apresenta ao público com o nome escrito no peito: deus tupã.
Tribo dos Tefés: Composta de uns 12 ou mais índios
(as) caracterizados.
Figurino da equipe Aranha Negra:
Carlos Ramalho: caracterizado na figura de um
homem bem barrigudo com cara de mau, porém, prestativo e de bom coração. Deve
se apresentar com uma tira de pano amarrada na cabeça, blusa jaqueta (qualquer
cor) com o nome escrito nas costas: Carlos
Ramalho. Usa uma bermuda, calçado de bota sete léguas, empunhando um facão.
Ele é o chefe.
Valcy de Moraes: Menino magro. Apresenta-se de
boné, vestido com uma camiseta branca escrita na frente: Valcyzinho. Está de bermuda azul, tênis e mochila nas
costas. Anda com o cachorro pastor alemão.
Mairon Barbosa: Empresário que se apresenta de traje
social. Está identificado com o nome nas costas: Mairon Barbosa. Segura um simulacro de espingarda.
Cachorro pastor alemão: Pode ser uma pessoa
caracterizada de cão ou um cachorro animal que vai puxado na coleira pelo
Valcyzinho. Vale a criatividade para produzir o pastor alemão. É bom
identificar o pastor alemão com uma jaqueta com seu nome nas costas.
Atenção diretor (a): Da equipe Aranha Negra somente o
Valcyzinho de Moraes está vivo, os demais personagens são saudosos que serão representados
por outros elencos. Consultar o Valcy para fazer parte do elenco. Na recusa,
substitui-lo por outro.
Equipamentos e suportes técnicos: Adereços
de galho de árvore (castanheira) para produzir Caboré da cintura para cima; equipamento
de som; microfone com fio e sem fio; diversos utensílios indígenas (que seja bagagem
de mão); música indígena; simulacro de facão feito de isopor ou madeira; simulacro
de espingarda de isopor ou madeira e outros.
Cenário da peça: Pode ser na sala de aula, no
auditório, no centro comunitário, ou na praça. Na falta de uma tenda deve haver uma cortina ou uma
sala reservada para o diretor comandar as cenas dos atores e atrizes. Vale a livre
iniciativa para enriquecer e ficar bem bonito o cenário.
Primeiro Ato: Abertura da peça.
(O narrador (a) ou apresentador (a) que está na lateral do palco dá as boas
vindas informando a todos que a apresentação da peça é: Origem de Tefé segunda a lenda de autoria do escritor Luís Sevalho).
Atenção: se o autor estiver presente deve ser chamado e apresentado ao
público. Ele fica no palco para assistir a peça.
[Narrador
(a) ler o histórico]
Histórico:
Antes da formação de Ega os
indígenas habitavam imemorialmente todas as áreas da região amazônica e a tribo
Tupeba já dominava as terras onde é hoje a nossa cidade. Caboré é a Cunhã
Poranga que simboliza a origem do município de Tefé.
Narrador (a): - Vamos assistir ao
espetáculo. Com vocês, origem de Tefé segundo a Lendaaa !!!!
(Neste momento o
elenco tribal se apresenta no palco assumindo posições de trabalho. Todos fingem
estar realizando alguma atividade de rotina da tribo. Caboré finge conversar
com todos animadamente até que)
Cena 1 [ Caboré fala em alta voz que vai buscar
alimento na floresta e toma rumo ignorado preocupando a tribo ]
(uso de microfone
sem fio)
Caboré: - Meu povo aguarde aqui. - Vou ali ao Itapoã buscar alimento.
(Caboré se retira
para trás da cortina)
(A tribo continua “trabalhando” e depois de um
minuto Apiá dá sinal de inquietude fazendo gestos impaciente. Neste momento Apiá
posiciona a aldeia em circulo e começam a dançar com grito de guerra)
Todos: - Grito de guerra: Ê, eiá, eiá, eiá. (Repeti)
(E, todos vão cantando e
dançando, puxado por Apiá e o narrador (a) entra em ação)
Narrador (a): Anoiteceu e Caboré não voltou. Noutro dia a tribo fez buscas nas matas do lago
de Tefé, na estrada da Emade e Agrovila e não encontrou Caboré. A preocupação e
tristeza tomou conta de todos.
(Depois das palavras do narrador (a)
Cena 2 [A tribo
pára de dançar, abre alas e Apiá aproxima-se do público muito triste e suplica à deus tupã]
Apiá – Oh, deus tupã! - Onde está minha amada?
(Apiá desesperado dirige a
pergunta ao público:)
Apiá – Vocês sabem onde está Caboré?
(sem resposta)
(Apiá procura Caboré em todos os
cantos do palco como se estivesse na mata e não encontra nada. Fica de joelhos
e apela a deus tupã)
(Apiá de joelhos)
Apiá: - deus tupã devolva minha amada!
Cena 3 [deus
tupã responde para Apiá em voz grossa]
(Voz de
trovão na sonoplastia)
Tupã: - Índio guerreiro, sei da tua dor – estou repassando poderes para
a equipe Aranha Negra encontrar Caboré.
(De joelhos, Apiá toma susto e
fica na expectativa e tupã fala outra vez)
Tupã: - Aranha Negra já está a caminho.
Cena 04 [Equipe
Aranha Negra que está oculta por trás da cortina se apresenta no palco cumprimentando
primeiramente ao público para levantar aplausos
e depois, Carlos Ramalho fala com Apiá e explica o plano “A” para resgatar
Caboré]
(Gestos de coragem. Toda equipe de
Carlos Ramalho entra em posição de combate. Carlos Ramalho se apresenta olhando
para todos os lados, empunha o facão, dá gritos de guerra e fala à Apiá)
Carlos Ramalho:
- Apiá, vamos resgatar Caboré,
filha do nosso torrão.
- Nossa operação é terra, ar e mar.
- Vamos todos. - Por aqui.
(Apiá se levanta e acompanha a equipe
Aranha Negra que já está quase sumindo do palco quando Valcyzinho e o cachorro
se recusam a ir. Então, Carlos Ramalho volta para levar Valcyzinho à “força”, fingindo
leva-lo no “empurrão” e todos vão para trás da cortina. Fica no palco somente a
tribo dançando em circulo).
Valcyzinho: - Não vou, tô com medo! (gestos de medo)
Segundo Ato:
Cena 05 – [Apiá
encontra Caboré às margens de um igarapé sem vida e fala à equipe Aranha Negra
que está com ele atrás da cortina]
(Uso de microfone para o público
escutar)
Apiá: - Encontrei minha amada, parece estar sem vida. – Vamos tirá-la
daqui.
(O corpo de Caboré é conduzido
por Apiá e equipe Aranha Negra para o centro do palco. Fica exposto ao chão fora
da tribo, de frente para o público por um minuto. Depois a tribo se aproxima em
circulo colocando Cabaré bem no meio da roda, de forma que o público não a veja
e começam a dançar em sua volta preparando a índia para a transformação em castanheira)
(música
indígena)
Atenção diretor (a): O assistente de palco entrega
disfarçadamente à tribo os adereços e assessórios que vão transformar Caboré em
árvore.
A equipe Aranha Negra fica dando proteção pelo lado de fora do ritual de
transformação.
Terceiro Ato:
Cena 06 – [Tupã fala à Apiá que Caboré foi derrotada pelo espírito do mal
e se transformou numa castanheira]
Atenção diretor (a): Quando Tupã
começar a falar, a tribo pára de dançar para ouvir deus tupã.
Tupã: - Apiáááá... (atenção: a tribo pára de dançar)
(pausa)
Tupã: - Caboré foi enfeitiçada por
Juruparí. - Ela se transformou numa castanheira em fidelidade a você e ao povo
tefeense. – Agora ela é a deusa de Tefé.
Atenção diretor (a): Quando tupã
terminar de falar a tribo continua dançando música indígena dando tempo para
Caboré se caracterizar de árvore castanheira. Em seguida, o circulo se abre
apresentando Caboré ao público já transformada em castanheira.
Quarto Ato - Final
Cena 07 [Caboré Castanheira se apresenta ao público
como deusa de Tefé, segura as mãos de Apiá e juntos com a tribo dão sinal de retirada.
Permanece no palco a equipe Aranha Negra numa suposta proteção à Caboré e o narrador (a) entra em ação]
Caboré Castanheira: - Olá, sou
orgulho de Tefé, represento vocês – Viva a Festa da Castanha, Tchau
Narrador (a): - Aplausos
(Quando o elenco
está se retirando o narrador pede para voltarem para a despedida final, já com
a presença da equipe Aranha Negra, do diretor
(a) e do deus tupã)
Narrador (a): - Voltem aqui para a despedida final – aplausos
para o nosso elenco e até breve.
FIM
Acesse o link
http//blog-do-sevalho.blogspot.com e viaje no mundo da literatura do seu
escritor.
sábado, 20 de agosto de 2022
Biografia do escritor e poeta Luís Sevalho
BIOGRAFIA DO ESCRITOR E POETA LUÍS SEVALHO
Luís Alberto Lopes Sevalho (Luís
Sevalho) é filho dos saudosos pais Celcino Gomes Sevalho e de Elígia Lopes
Sevalho. Nasceu no dia 10 de novembro de 1960 no município de Tefé. Trabalhou
no GOT - Centro de Artes das irmãs franciscanas de Maria e com catorze anos de
idade tornou-se instrutor de artes industriais. Também foi vereador no seu
município no período de 2000 a 2005.
Na cidade natal Sevalho escreveu dois
livros em cordel, o volume 1 e o 2 do seriado “As Loucuras de Valcyzinho de
Moraes”. O escritor também foi diretor fundador da Academia de Letras Ciências
e Artes, ALCAT Tefé.
Em Manaus, escreveu o terceiro livro
o Rio Profundo que significa Tefé. Escrito
em quinze capítulos, foi vencedor do prêmio nacional pela Manauscult abrindo
portas e reconhecimento ao escritor.
Seu quarto livro, Contos Dramaturgias
e Lendas Amazônicas teve a noite de autógrafos no dia 03/03/2022 em Tefé e dia
26/03/2022 em Manaus.
Luís Sevalho é historiador escritor e
poeta que representa com orgulho o município de Tefé. É como ele diz: - “Eu
respiro Tefé”. Sócio da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM, membro
da Academia de Letras do Brasil – ALB Secção Amazonas e patrono fundador da
Academia de Literatura Arte e Cultura da Amazônia – ALACA, com cargo vitalício considerado
imortal tefeense.