sábado, 20 de agosto de 2022

Tomando posse na Academia de Literatura Arte e Cultura da Amazônia-ALACA

Biografia do escritor e poeta Luís Sevalho

 

BIOGRAFIA DO ESCRITOR E POETA LUÍS SEVALHO

          Luís Alberto Lopes Sevalho (Luís Sevalho) é filho dos saudosos pais Celcino Gomes Sevalho e de Elígia Lopes Sevalho. Nasceu no dia 10 de novembro de 1960 no município de Tefé. Trabalhou no GOT - Centro de Artes das irmãs franciscanas de Maria e com catorze anos de idade tornou-se instrutor de artes industriais. Também foi vereador no seu município no período de 2000 a 2005.   

          Na cidade natal Sevalho escreveu dois livros em cordel, o volume 1 e o 2 do seriado “As Loucuras de Valcyzinho de Moraes”. O escritor também foi diretor fundador da Academia de Letras Ciências e Artes, ALCAT Tefé.       

          Em Manaus, escreveu o terceiro livro o Rio Profundo que significa Tefé. Escrito em quinze capítulos, foi vencedor do prêmio nacional pela Manauscult abrindo portas e reconhecimento ao escritor.

         Seu quarto livro, Contos Dramaturgias e Lendas Amazônicas teve a noite de autógrafos no dia 03/03/2022 em Tefé e dia 26/03/2022 em Manaus.

          Luís Sevalho é historiador escritor e poeta que representa com orgulho o município de Tefé. É como ele diz: - “Eu respiro Tefé”. Sócio da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM, membro da Academia de Letras do Brasil – ALB Secção Amazonas e patrono fundador da Academia de Literatura Arte e Cultura da Amazônia – ALACA, com cargo vitalício considerado imortal tefeense.    

 

sexta-feira, 18 de março de 2022

Escritor Luís Sevalho em 2022

 


Obras publicadas

 



Dramaturgia da Cobra Ouromante

 

DRAMATURGIA COBRA OUROMANTE

Protetora das riquezas do Rio Tefé

 

Roteiro e autoria do escritor Luís Sevalho

Composição da direção: Um diretor teatral, um assistente de palco e um narrador apresentador.

Observação: O diretor da peça está identificado com um jaleco escrito nas costas a palavra Diretor. Ele não aparece no palco, fica por detrás das cortinas ou numa sala reservada para distribuir os atores no palco. Já o assistente de palco fica no palco para resolver tudo. Deve estar com um jaleco escrito: Assistente de Palco.

Todos os elencos: Duas índias maiores e uma índia criança (a índia criança) vai representar momentaneamente o filhote da Cobra. Depois, uma (mulher adulta não índia, caracterizada) para representar a cobra já grande. Precisa-se de mais um índio e o pajé caracterizados. Um casal de navegantes caracterizados de roceiro, pescador ou castanheiro (homem e mulher), um técnico de som, o Chico Cabo e um elenco da plateia.  

 

Observação: A caracterização da mulher que vai representar a cobra grande é de livre escolha. Pode ser uma mulher com fantasia de cobra ou usa-se uma máscara facial no modelo cobra que esconda olhos, nariz e boca. Pode ser também uma mulher simplesmente mascarada. A fantasia para se caracterizar é de livre escolha.

 

Atenção diretor: A mulher adulta (cobra grande) fica por trás do palco na sala reservada (ver cena 3) aguardando a vez para se apresentar. A cobra fica pendurada no ombro da mulher se movimentando com ela.

 

Equipamentos e suportes técnicos: Faz-se uma cobra de pano (1,50m ou 2 metros de tamanho) que seja chamada de cobra grande, outro formato de cobra filhote, caixa de som, microfones, iluminação, balde como se estivesse com água, simulacro de uma embarcação (barquinho) feito de TNT ou papelão para o casal de navegantes ficar dentro desse barquinho, um chocalho para o pajé, uma peneira de farinha e música indígena.

 

Atenção diretor: o casal de navegantes que são marido e mulher vão ficar juntos num só barquinho.

 

Formação dos 03 poços subaquáticos: Demarca-se o chão formando um quadrado com o nome dos poços. Ou, coloca-se um TNT no chão e escreve o nome dos poços que são três, a saber: Poço espuma, poço cinco bocas e o poço Ilhinha. Vale a criatividade para fazer o cenário dos poços.

 

O poço da ilhinha: É neste poço que a cobra vai ficar. Depois, num segundo momento os índios vão se juntar a ela para protegê-la de todos os perigos.

 

Cenário da peça: Pode ser na sala de aula, no ar livre, no auditório, no centro comunitário, ou na praça. Neste cenário deve haver um tapume ou uma sala reservada para esconder momentaneamente o diretor e os atores. Vale a livre iniciativa.

 

Primeiro Ato: Abertura da peça.

 

  (O narrador ou apresentador dá as boas vindas informando a todos que a peça teatral a ser apresentada é da Cobra Ouromante, protetora das riquezas do Rio Tefé)

 

Atenção diretor: se o autor da peça estiver presente deve ser chamado para ficar no palco sentado numa cadeira ao lado do apresentador narrador.

 

Observação: Antes de o narrador ler o histórico, os índios já estão no palco praticando suas atividades culturais ao som de música indígena, dançando, conversando, outros fazendo o gesto que estão peneirando a farinha e outras.

 

[Narrador ler o histórico da peça]

 

 Histórico: Segundo o escritor Luís Sevalho, as diversas tribos indígenas que inicialmente ocuparam as áreas que hoje fazem parte do município de Tefé, viviam em uma sociedade do tempo livre, praticando seus rituais tribais. O tempo sobrava para eles assarem tartarugas, tirar ovos de tracajás num território imemorial que para eles era uma fonte de vida até serem expulsos ou dominados pelos chamados “civilizados”. E aqui começa a história da Cobra Ouromante baseada em fatos reais.

 

[Narrador continua lendo]

Narrador: - Antigamente, antes da formação da Vila de Ega, atual Tefé, as tribos Júris e Jurimáguas já se encontravam nas cabeceiras do Rio Tefé região repleta de ouro e diamante. Temendo aos invasores o pajé enfeitiçou um filhote de sucuri, colocando o nome de Ouromante, que deriva da mistura de ouro e diamante. O filhotinho foi solto no Rio Tefé. - Vamos assistir a cena:

 

(Neste momento a índia criança que está atrás do palco sai com a cobrinha nas mãos para o Xamã enfeitiçar. Depois de enfeitiçada, a cobrinha se esconde novamente atrás do palco e a indiazinha volta ao palco, juntando-se às outras)

 

Cena 1       [ O Xamã evoca os deuses para enfeitiçar a cobrinha que se aproxima do pajé para receber o encanto ]

 

Xamã: começa a dançar emitindo um ritual estranho e com o seu chocalho, aproxima-se da cobrinha benzendo e dizendo: - Vá, siga seu rumo.

 

Atenção diretor: Neste momento a indiazinha com a cobrinha some para trás do palco.

 

(Quando a cobrinha se afastar o Xamã chama as tribos para dançar música indígena)

 

Xamã: - Vamos dançar

 

Observação: uns dois minutos de dança o técnico de som pára a música e os dançarinos se afastam deixando o Xamã sozinho possuído por deuses rodando no palco. O narrador entra em ação.

 

Narrador: - Passaram-se várias luas e aqui nesta escola o Xamã fez uma pajelança e enxergou no fundo das águas que a serpentinha tinha se transformado numa cobra grande com a missão de proteger as riquezas do Rio Tefé.

 

(Quando o narrador começar a falar o assistente coloca no palco um balde com água dentro)

 

Cena 2  [ Xamã olha no balde com  água e fala admirado]

 

Xamã: - Nossa! - Estou vendo nas águas que a cobrinha se transformou numa cobra grande! – Viva a nossa protetora do Rio Tefé!

 

Todo o elenco responde: - Vivaaa, vivaaa !!!!

                

                       (Aplausos) e, (música indígena)

 

Atenção diretor: Nem bem termina o “Viva e aplausos” e a cobra grande já vai aparecendo no palco ao som de música indígena.

 

Segundo Ato:

 

Cena 3 [ A Cobra Ouromante  entra desfilando, dá uma volta no palco e fala ]

 

Ouromante: - Eu fiz três poços para morar, mais o meu preferido é o poço da ilhinha. – É esse aqui.

 

 [A cobra fica alojada no poço da ilhinha rodeada de índios que a protege enquanto o narrador entra em ação]

 

Narrador: - O mistério na ilhinha tem tudo a ver com a cobra porque aguça o imaginário de muitos navegantes. As pessoas não arriscam ficar lá nem para se protegerem de temporal.

 

Cena  4 [ um casal de navegantes (marido e mulher) vem descendo o Rio Tefé no seu barquinho e tentam se aproximar da ilhinha ]

 

                 (O marido fala para a mulher:)

 

Marido: - Mulher! - vamos parar aqui na ilhinha para fazer um café.

 

Atenção diretor: Neste momento os índios ficam na frente do barco, formando um paredão para impedir que os navegantes se aproximem da ilhinha. O pajé faz gestos para expulsá-los e logo chegam a um entendimento deixando os navegantes fazerem o café na ilha.

 

(O marido se prepara para fazer o café, porém sente que o barco navega sem direção e os dois pedem socorro)

 

Marido e mulher juntos: - Socorro! Socorro!

 

Só o marido: - Alguém nos salva, estamos sendo engolidos por uma cobra!

 

[O casal fica atônito, o barco sai quase à deriva, alaga aqui, alaga ali e some atrás do palco sempre os dois pedindo socorro e o narrador entra em ação]

 

Narrador: Nas imediações do poço-espuma, esse batelão quase alagou e foi parar nas barrancas do Açaituba. Também nessa mesma ilhinha uma balsa de petróleo do Urucu quase afundava com turbulências estranhas. O prático ficou apavorado e se demitiu do emprego.  

 

Terceiro Ato            Final:

 

Cena 5         [ Chico Cabo conta como escapou da cobra ]

 

[Quando o narrador termina de falar, o Chico Cabo sai lá da plateia para contar o que aconteceu com ele]

 

Chico Cabo: - Gente! É verdade mesmo. No Poço-espuma meu barco encalhou na costa da cobra. - A cabeça dela passou por cima do toldo do motor. Deu Medo!

 

(Quando o Chico Cabo vai terminando seu depoimento, alguém vem lá da plateia em direção ao palco e fala que é mentira. Na verdade esse alguém da plateia faz parte do elenco e diz que não acredita nesta história e desacata a cobra, gesticula com as mãos bem pertinho da cobra que o agarra fingindo morde-lo no braço)

 

Elenco da plateia: - É mentira. Essa cobra não existe. – Não tenho medo de você, sua cobra nojenta.  

[Neste momento a cobra segura o elenco da plateia que grita dizendo que está sendo mordido por ela e que vai morrer. Nessa hora todos os artistas vão saindo do palco juntos com a cobra para se esconder na sala reservada ou atrás das cortinas e o narrador pede aplausos]

Narrador: Aplausos minha gente!

 

(O narrador dá um tempinho e pede para os atores se apresentarem novamente ao palco, inclusive a indiazinha com a cobrinha, o assistente de palco e o diretor também)

Narrador: - Voltem ao palco para a despedida final.

(Todos voltam ao palco com gestos de despedida, finalizando o espetáculo)

 

Narrador: - E aqui termina esta fantástica história. - Aplausos e até breve.

 

                                                 FIM

Acesse esse link http//blog-do-sevalho.blogspot.com e viaje no mundo da literatura do seu escritor.  

 

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

POSSE NA ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL ALB AMAZONAS



 

Reunião da Academia de Letras do Brasil ALB Amazonas

Na Academia de Letras do Brasil ALB Amazonas

 

Tefé Soberana

 

TEFÉ SOBERANA

Luís Sevalho

 

Minha cidade sobranceira

No tempo me viu crescer

Esbanja na tua quididade

O lépido do teu bem querer

Em vipassana assim te vejo

Por isso estou a enaltecer.


Sou da tribo dos tefés

Os primeiros aqui habitá

Da aldeia Santa Teresa

Índio tupeba ou tapibá

Faço parte desse povo

Fundador deste lugar.

 

Do mirante das mangueiras

Vou à paisagem observar

Dar uma chegada à feira

E deixar o tempo passar

Assim é a minha cidade

Outra mais linda não há.

Terra de Armando Retto

Que muito bairro criou

O prefeito Tulio Azevedo

O seringueiro ele ajudou

E os padres Espiritanos

O evangelismo implantou.

 

Antiga Ega hoje é remida 

Por obstáculos já passou

Mas, continua Princesa

Como o poeta consagrou

Sou fruto dos teus méritos

Que no progresso avançou.

 

Tefé de filhos inspiradores

Quero em tertúlias exaltar

Será sempre meu Bastião

Tens o brilho do meu olhar

E quem tentar te esconder

Na sapiência vou te buscar.

                     FIM

 

Tefé Histórica

 

TEFÉ HISTÓRICA

Luís Sevalho

 

 

Buscando Tefé histórica  

O tempo me faz lembrar

Da imponente Rádio Rural

Que é pioneira deste lugar

Cuja sua principal missão

É informar divertir e educar.

 

Outra lembrança antiga

É a do clube do Humaitá

Que promovia os bailes

Para os tefeenses dançar

Agora só resta a saudade

Mas, vale a pena recordar.

 

As maravilhas tefeenses

São ricas em comentar

A Praça Remanso do Boto

É outro mirante a observar

De lá a gente pode ver

O esbelto lago a marejar.

 

Nosso histórico seminário

É outra obra a relembrar

Herança dos Espiritanos

Que fizeram aqui seu lar

Contrasta com o lago azul

Cartão postal a preservar.

 

Oh Tefé da minha esperança

Que me enche de saudade

Divide comigo teus méritos

Cubra-me com tua felicidade

Por ser minha nobre Princesa

Sempre será minha majestade.

                    FIM