O
BOTO FLECHEIRO TEFEENSE
Autor
Luís Sevalho
Se alguma mulher ficar grávida e não
souber como justificar o acontecido, terá como solução colocar a culpa no boto.
O safadinho não é outro senão o nosso peixe da Amazônia, senhor dos rios e
muito conhecido dos Amazonenses. Mitologicamente traveste-se num excelente
bailarino, geralmente vestido de marujo, dá uma bela “cantada” nas moças,
seduzindo-as para o rio onde as engravida com muita sedução.
Não há quem não acredite nesta história
que contagia o caboclo amazonense. Em Tefé, nossos antigos contam que era comum
o pescador ouvir músicas em ritmo de festa nas praias em noite de lua, onde os
estranhos dançarinos quando percebiam aproximação de humanos, sumiam da festa e
só eram vistos boiando nas águas em forma de boto.
Até hoje, nas praias da Concha, Ponta
Branca, Juliana, Itapoã, na enseada da praia do Turé e praia do Camaleão sempre
acontece casos desse gênero, onde as moças misteriosamente ficam grávidas e não
sabendo quem é o pai da criança tentam disfarçar a seus familiares que foram
flechadas pelo boto Tucuxi da marca flecheiro que só existe em Tefé.
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