LENDA DA SARAPÉUA
Dizem que Nogueira ficou atrasada no tempo
por muitos anos. As mulheres deixaram de ter filhos, a população não aumentava
e a lavoura não produzia quase nada por causa da expulsão da Sarapéua. Muitos
casos de assombração começaram aterrorizar os moradores da pequena vila que
respondiam com muita oração. Alguns desses mistérios arrepiantes só
desapareceram de vez quando a antiga choupana da bruxa foi incendiada pelos
habitantes deste lugarejo, sendo o local benzido pelo padre Luiz de Nogueira.
Depois de muito tempo, no lugar assombrado foi erguido a Igreja de Nossa
Senhora do Rosário, padroeira da vila, que pôs fim neste intrigante mistério.
Contam os antigos nogueirenses que há muito tempo quando chegaram os primeiros moradores na Vila de Nogueira, veio também, não se sabe de onde, uma velha nariguda que fumava cachimbo com hábito muito diferente dos demais. Ela não gostava de conversar com ninguém; até na hora do almoço, se estivesse alguém estranho no recinto, ela ficava escondida em seu aposento esperando o momento para sair e se alimentar. Quando perguntavam de suas origens ou pelo seu nome, só destoava uma fina gargalhada que saia mais pelo nariz do que pela boca e, com passos apressados olhava assustada de um canto para outro, procurando afastar-se de todos. Pelo jeito como vivia, vestindo-se maltrapilha com um vestido preto e mal encarada por seus conterrâneos, pejorativamente deram-lhe o nome de Sarapéua.
Esquecida pela vizinhança a velha Sarapéua quase não saía de sua casa; no entanto, todas as noites de quinta para sexta-feira, por volta das zero hora, o pequeno mocambo ostentava-se com uma enorme fumaceira perfumada, exalando cheiro de ervas queimadas com mistura de espinha de peixes, sacaca e outros ingredientes que invadia os lares, causando muita discórdia no pequeno povoado. O procedimento supersticioso obrigou os moradores a expulsar a Sarapéua da vila, indo se isolar nas margens do igarapé do Mineruá, há poucos quilômetros da vila. Na antiga moradia onde a bruxa praticava sua umbanda ficaram a ouvir por muito tempo nas noites de quinta para sexta-feira, sussurros e animais se digladiando, galo cantando fora da hora e muitas algazarras.
Contam os antigos nogueirenses que há muito tempo quando chegaram os primeiros moradores na Vila de Nogueira, veio também, não se sabe de onde, uma velha nariguda que fumava cachimbo com hábito muito diferente dos demais. Ela não gostava de conversar com ninguém; até na hora do almoço, se estivesse alguém estranho no recinto, ela ficava escondida em seu aposento esperando o momento para sair e se alimentar. Quando perguntavam de suas origens ou pelo seu nome, só destoava uma fina gargalhada que saia mais pelo nariz do que pela boca e, com passos apressados olhava assustada de um canto para outro, procurando afastar-se de todos. Pelo jeito como vivia, vestindo-se maltrapilha com um vestido preto e mal encarada por seus conterrâneos, pejorativamente deram-lhe o nome de Sarapéua.
Esquecida pela vizinhança a velha Sarapéua quase não saía de sua casa; no entanto, todas as noites de quinta para sexta-feira, por volta das zero hora, o pequeno mocambo ostentava-se com uma enorme fumaceira perfumada, exalando cheiro de ervas queimadas com mistura de espinha de peixes, sacaca e outros ingredientes que invadia os lares, causando muita discórdia no pequeno povoado. O procedimento supersticioso obrigou os moradores a expulsar a Sarapéua da vila, indo se isolar nas margens do igarapé do Mineruá, há poucos quilômetros da vila. Na antiga moradia onde a bruxa praticava sua umbanda ficaram a ouvir por muito tempo nas noites de quinta para sexta-feira, sussurros e animais se digladiando, galo cantando fora da hora e muitas algazarras.
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